quarta-feira, 31 de agosto de 2011


No meio das trevas, sorrio à vida, como se conhecesse a fórmula mágica que transforma o mal e a tristeza em claridade e em felicidade. Então, procuro uma razão para esta alegria, não a acho e não posso deixar de rir de mim mesma. Creio que a própria vida é o único segredo.
Rosa Luxemburg


Rosa Luxemburg (1871-1919) foi uma eminente representante do pensamento e da ação socialdemocratas na Europa. Com todas as suas forças ela tentou impedir a 1ª Guerra Mundial, que explodiu em 1914 e terminou em 1918. Ao lado de Karl Liebknecht, foi a representante mais importante das posições antimilitaristas e internacionalistas dentro do Partido Social-Democrata Alemão (SPD). Ela era uma crítica apaixonada e convincente do capitalismo, e deste ponto de vista crítico retirava forças para a ação revolucionária. Cheia de esperança, deu as boas vindas à
revolução russa. Entretanto, como revolucionária e democrata, permaneceu numa posição crítica e vigilante, combatendo com lucidez a política ditatorial dos bolcheviques.
Durante toda a vida Rosa Luxemburg pertenceu às minorias discriminadas, freqüentemente perseguidas. Por um lado isto se devia ao seu nascimento e destino. Sendo judia – embora não tivesse nenhuma ligação com a religião – não escapou ao anti-semitismo. Por outro lado, esta situação também foi gerada por seu desejo de viver a vida de forma auto-determinada, contra os preconceitos estreitos do seu tempo.
Rosa Luxemburg doutorou-se numa época em que raríssimas mulheres iam para a universidade.Ela foi uma das poucas mulheres politicamente ativas – o preconceito contra as mulheres que desempenhavam algum papel em público era largamente disseminado nos partidos de esquerda.
Rosa Luxemburg foi uma revolucionária de esquerda – em sua pátria de origem, a Polônia ocupada pelos russos, isso era um crime punível com a morte, e no país que adotou como seu, a Alemanha, uma razão para perseguição permanente.